A linha tênue entre proteger e superproteger as crianças
Sabemos que a superproteção não é saudável. Isso sempre ressoou em nossas cabeças, desde antes de nos tornarmos pais, desde que você se lembra de observar alguém criando seu filho e fazendo coisas que ele já poderia fazer sozinho.
Superproteção é sobre isso. Fazer coisas pelo seu filho, não deixá-lo fazer coisas que ele sabe fazer, mas que podem incomodá-lo ou que ele o faz de maneira errada, causa-lhe desconforto.
Proteger, no entanto, é saudável. Proteja alguém que precisa ser protegido porque não sabe ou não pode por conta própria. Talvez mais tarde eu consiga, mas não agora.
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE PROTEGER E SUPERPROTEGER UMA CRIANÇA? EXPLICAMOS DE FORMA SIMPLES:
Proteger é cuidar de quem não tem recursos para se cuidar só porque, pela idade ou pelas características, não desenvolveu aquela habilidade de que precisa em um determinado momento. Colocamos exemplos de proteção:
- Alimentar um bebê que não tem habilidades motoras suficientes para se alimentar sozinho.
- Vestir uma criança cujas habilidades motoras finas não permitem que ela faça isso sozinha.
- Evite se expor a situações que, devido à sua idade, você não consegue entender.
Estar protegido é cuidar de alguém que tem recursos para cuidar de si mesmo, mas que nos aflige por sentir desconforto, ou qualquer sentimento negativo, ou que, ao realizar essa tarefa, o faz de forma errada do nosso ponto de vista adulto. Colocamos exemplos de superproteção:
- Alimentar uma criança que pode fazer sozinha, só porque pode manchar ou ir devagar demais (ou tememos que ela possa sufocar).
- O Vestir ou despir uma criança que o pode fazer sozinha mas que se sente frustrada porque lhe custa ou que consideramos não ter tempo para esperar o tempo que ela necessita para o fazer.
Evite expor-se a qualquer situação que possa criar desconforto.
Crianças superprotegidas freqüentemente experimentam insegurança, ansiedade e dificuldade de controle emocional.
O fundamental é expor a criança a situações que ela possa compreender devido à sua idade evolutiva, acompanhada por um adulto, que a ajudará a desenvolver habilidades para manejar essa situação.
Em nossa consulta de psicologia, muitas vezes encontramos as consequências de crianças que foram superprotegidas, por isso recomendamos que você consulte um psicólogo infantil se achar que pode estar tendo um comportamento superprotetor com seus filhos.